sexta-feira, 28 de março de 2008

Cap.III: "Berlim (Asaftasardem?!)"

Chegamos à Berlim no dia 18 à noite (eu e Monique). A primeira aventura foi conseguir entender a explicação do cara do albergue, por telefone, de como chegar lá (ele falava inglês com um sotaque fortíssimo alemão, dando sopapos nas palavras). Por fim, entendi os números dos ônibus e linha do metrô e peguei um mapa.

Ao chegar na estação deserta e nas ruas escuras de Berlim, tivemos a sensação de estar numa cidade altamente “underground”, deprê mesmo. Depois de imaginarmos mil e umas histórias envolvendo o espírito de Hittler, e muitas risadas pelo caminho, encontramos o albergue (um lugar massa e com um baita café da manhã “all-you-can-eat” e até macarrão de graça!). Comemos, conhecemos um mexicano-matraca que contou quase toda a vida dele e fomos dormir.
Na manha seguinte fomos ao Portão de Brandenburgo, de onde saia um “Free Walk Tour” pela “Berlim Leste”. Foi bem interessante, já que a gente ia conhecendo os lugares e a história, mas também foi bem friozinho e chuvoso, com vários momentos em que a gente não conseguia ficar parada, senão tremia.



Galera do Free Walk Tour (en español)
Lá no Portão, encontramos dois baianos com quem a gente tinha se esbarrado em Roma, a caminho do Vaticano, e até trocamos Orkut, mas nos encontramos por acaso de novo! Eles fizeram o mesmo tour, só que eles em inglês e a gente em espanhol.

Com o tour, passamos pelo Parlamento, Memorial do Holocausto, pelo Bunker de Hittler (que não existe mais, é só uma placa), pela praça da tolerância – onde tem uma igreja luterana, anglicana e um teatro – biblioteca, a universidade dos fodões (Marx, Einstein...), Ilha dos museus, Berliner Dom (a catedral, luterana). Só não fomos a um pedaço do Muro de Berlim porque tinha uma manifestação no meio do caminho! Terminado o tour, e com a chuva e o frio congelando nossos cérebros, entramos num café, em um dos museus, pra nos aquecer um pouco e descansar das horas de caminhada.
Depois seguimos um pedaço do Rio Spree, que passa atrás da catedral e fomos até a Alexander Platz, onde tem a torre da TV e uma igrejinha, a Rotes Rathaus (prédio da prefeitura), até a Parisier Platz, pra visitar o Parlamento.



Memorial do Holocausto

Na manhã seguinte, depois de se fartar no café da manhã do albergue, a gente foi para o Zoologischer Garten, com a intenção de pegar outro Free Walk Tour, dessa vez pela “Berlim Oeste”. Mas, ou chegamos atrasadas, ou não teve, ou era em outro lugar porque não encontramos nenhum grupo. Assim, fomos andar sozinhas mesmo pela região. Na estação de metrô de mesmo nome, era um dos lugares onde Cristiane F. se drogava, claro que tiramos fotos, hehehe!

Vimos o zoológico (só por fora), fomos à Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, uma igreja linda que foi bombardeada na Segunda Guerra (como tudo em Berlim) e só sobrou uma torre dela, sendo as outras construídas de forma bem quadrada, pra não competir com a arquitetura dela (também como todas as novas construções da cidade). Depois fomos rodar no Europa Center, um shoppingzinho que tem um relógio d’água.

Como não tínhamos ido ao famoso muro ainda, esse foi o nosso passeio seguinte. Fomos a uma parte onde tem a Topografia do Terror, tipo um museu embaixo de um pedaço do muro, na Wilhelm-Strasse, onde ficava a Gestapo, com fotos e cópias de documentos e cartas da época do nazismo. Saindo de lá, tive a “brilhante” idéia de seguir as marcas do Muro de Berlim (que é marcada por uma linha pontilhada, de paralelepípedos, por toda a cidade).

Claro que a gente não ia conseguir atravessar a cidade! Mas foi assim que chegamos ao Checkpoint Charlie, lugar de entrada para o Setor Americano, o lado oeste, onde só entrava quem era permitido. Esse lugar deu pano pra manga pras várias viagens da gente sobre: “e se João Pessoa fosse dividida por um muro também?”. E ficamos imaginando horas quem seria do lado pobre e do lado rico, por onde o “Muro de Jampa” passaria, e etc... auheuaehuaeh! Isso tudo enquanto comíamos um hamburger.

Como última parada antes de irmos buscar nossas coisas no albergue, fomos a East Side Gallery, outro pedaço do muro (esse bem grandinho!), que é cheio de pinturas, grafites, pichações, rabiscos... Depois de deixarmos vários escritos, fomos buscar nossas coisas pra nossa looonga noite no aeroporto de Berlim.


Viajando no muro...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Cap. II: "Finalmente, Roma!"

Finalmente cheguei a Roma, no dia 16, onde a Monique e o Gustavo estavam me esperando, na estação Termini. Fomos deixar minhas coisas no novo albergue (o que eu tinha reservado pela net era um muquifo e o Gustavo tinha arrumado outro) e depois fomos andar.

Fomos ao Vaticano, Piazza di Spagna, Fontana di Trevi, e umas praças pelo meio do caminho. Não vimos o Papa no Vaticano (devia ser a hora da soneca dele), mas também ninguém tava fazendo questão...

Saindo do menor país do mundo, fomos atraídos pelo cheiro de café e pelo calorzinho de uma cafeteria. Caímos na tentação (e na besteira) de entrar e tomar um café com um pedaço de bolo. O “café expresso” de Gustavo era um dedo, no máximo, de uma xícara pequena (sem exagero!) e a conta desse cafezinho, dois capuccinos e três fatias de bolo deu 11 euros! (Lembre-se que esse café era na porta do Vaticano). Saímos inconformados, com o Gustavo dizendo eu ia “jogar uma meia de bosta no Café do Papa”... hehehehe!

De lá, pegamos o metrô para Piazza di Spagna e fomos andando pela cidade em busca da Fontana di Trevi (aquela fonte belíssima de “La Dolce Vita”, de Fellini). Chegando lá, disputamos um lugarzinho com os milhares de turistas, para tirar fotos e jogar nossa moedinha, claro. Para completar, chega um grupo de Hare Krishnas super-animados, e a gente se empolga e vai pro meio da roda dançar e cantar: “Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna, Krishna, Hare, Hare...” Viramos A atração principal! E ainda nos convidaram para um lanche vegetariano nas Ruínas Argentinas, no dia seguinte. Mas acabamos nem indo pra poiva.

No domingo, fomos às Ruínas dos Fóruns Romanos, ao Coliseu (onde fizemos um pic-nic/farofa na porta, antes de entrar) e não conseguimos ir ao Palatino no mesmo dia porque fechava mais cedo que o Coliseu, e ninguém sabia disso...

Depois fomos ao Pantheon, mas não entramos, e à Piazza Navona (que não tinha nada de muito interessante...). Na segunda de manhã o Gustavo foi embora e eu e Monique fomos ao Palatino (a colina onde Roma nasceu), e mais uma vez à Fontana di Trevi, onde pegamos um solzinho gostoso e comemos uma pizza, já que a gente estava na Itália... De lá seguimos pro aeroporto, rumo a Berlim.
Vaticano
Fontana di Trevi

Coliseu (precisa nem dizer, né?)

*mais fotos, no lugar de sempre: picasaweb.google.com/naiaragato

quarta-feira, 19 de março de 2008

Viagens de Fevereiro - Cap.I: "Perdi o vôo!"


Sairia no dia 14 de Granada rumo a Roma. Sairia! Perdi o vôo porque cheguei atrasada no aeroporto (detalhe: o embarque tava começando ainda, mas o check-in tinha encerrado...). Cheguei a pagar uma corrida de taxi, às pressas, quando vi que o ônibus para o aeroporto tava atrasado, pra variar... Isso porque era dia de San Valentín (dia dos namorados!). Convoquei a galera que tava esperando na parada, em busca de algum atrasado para rachar o taxi comigo. Consegui dois “indianos” de Londres, mas meu esforço foi em vão... Depois de alguns minutos, feito uma barata tonta no aeroporto, resolvi voltar para casa e comprar outra passagem, já que sairia mais barato que remarcar no guichê.

Comprei o bilhete pro dia 16 de manhã. Tudo bem até aí, se não fosse um pequeno fato: a minha amiga Monique ia me esperar no aeroporto de Roma, já que íamos chegar à mesma hora e eu tinha as informações de: para onde ir, o endereço do albergue, o celular do Gustavo (nosso amigo que já estava lá), etc. Como avisá-la que eu tinha perdido o vôo se ela não tinha celular? O jeito era esperar que ela se desse conta e ligasse pra mim de um orelhão, para eu passar as informações. Enquanto isso era todo mundo no MSN preocupado com ela...

Passada a raiva de ter perdido o vôo por leseira, fui pras farras com umas amigas, italiana e alemã, afinal não ia adiantar eu ficar me lamentando! Fomos a uns bares de “tapas” e a uma chupitería (bar que só serve as biritas em doses, “chupitos”). Depois fomos a uma festa de San Valentín, “Singles Party”(para os solteiros...).

Na sexta, passei mais da metade do dia dormindo, assim que chegou rápido a hora de embarcar, na manhã de sábado.


Afogando a raiva de perder um vôo...