Ao chegar na estação deserta e nas ruas escuras de Berlim, tivemos a sensação de estar numa cidade altamente “underground”, deprê mesmo. Depois de imaginarmos mil e umas histórias envolvendo o espírito de Hittler, e muitas risadas pelo caminho, encontramos o albergue (um lugar massa e com um baita café da manhã “all-you-can-eat” e até macarrão de graça!). Comemos, conhecemos um mexicano-matraca que contou quase toda a vida dele e fomos dormir.
Com o tour, passamos pelo Parlamento, Memorial do Holocausto, pelo Bunker de Hittler (que não existe mais, é só uma placa), pela praça da tolerância – onde tem uma igreja luterana, anglicana e um teatro – biblioteca, a universidade dos fodões (Marx, Einstein...), Ilha dos museus, Berliner Dom (a catedral, luterana). Só não fomos a um pedaço do Muro de Berlim porque tinha uma manifestação no meio do caminho! Terminado o tour, e com a chuva e o frio congelando nossos cérebros, entramos num café, em um dos museus, pra nos aquecer um pouco e descansar das horas de caminhada.
Na manhã seguinte, depois de se fartar no café da manhã do albergue, a gente foi para o Zoologischer Garten, com a intenção de pegar outro Free Walk Tour, dessa vez pela “Berlim Oeste”. Mas, ou chegamos atrasadas, ou não teve, ou era em outro lugar porque não encontramos nenhum grupo. Assim, fomos andar sozinhas mesmo pela região. Na estação de metrô de mesmo nome, era um dos lugares onde Cristiane F. se drogava, claro que tiramos fotos, hehehe!
Vimos o zoológico (só por fora), fomos à Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, uma igreja linda que foi bombardeada na Segunda Guerra (como tudo em Berlim) e só sobrou uma torre dela, sendo as outras construídas de forma bem quadrada, pra não competir com a arquitetura dela (também como todas as novas construções da cidade). Depois fomos rodar no Europa Center, um shoppingzinho que tem um relógio d’água.
Como não tínhamos ido ao famoso muro ainda, esse foi o nosso passeio seguinte. Fomos a uma parte onde tem a Topografia do Terror, tipo um museu embaixo de um pedaço do muro, na Wilhelm-Strasse, onde ficava a Gestapo, com fotos e cópias de documentos e cartas da época do nazismo. Saindo de lá, tive a “brilhante” idéia de seguir as marcas do Muro de Berlim (que é marcada por uma linha pontilhada, de paralelepípedos, por toda a cidade).
Claro que a gente não ia conseguir atravessar a cidade! Mas foi assim que chegamos ao Checkpoint Charlie, lugar de entrada para o Setor Americano, o lado oeste, onde só entrava quem era permitido. Esse lugar deu pano pra manga pras várias viagens da gente sobre: “e se João Pessoa fosse dividida por um muro também?”. E ficamos imaginando horas quem seria do lado pobre e do lado rico, por onde o “Muro de Jampa” passaria, e etc... auheuaehuaeh! Isso tudo enquanto comíamos um hamburger.
Como última parada antes de irmos buscar nossas coisas no albergue, fomos a East Side Gallery, outro pedaço do muro (esse bem grandinho!), que é cheio de pinturas, grafites, pichações, rabiscos... Depois de deixarmos vários escritos, fomos buscar nossas coisas pra nossa looonga noite no aeroporto de Berlim.
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