Eu e as Fer's debaixo do troço iluminado
quinta-feira, 22 de maio de 2008
La Feria de Granada
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Semana Santa em Granada
A cidade fica cheia, com a população em peso pelo centro, e também milhares de turistas. Fica com um ar muito festivo e a galera realmente se prepara para esta semana. Todo mundo de roupa nova, arrumados e empolgados. A maioria das procissões são bem parecidas: tem sempre uma banda que toca umas marchas, que parecem não variar muito de uma pra outra; tem as “cofradías”, que são como “carros alegóricos” onde vão os santos (todos enfeitados, com pompa, com muitas flores e velas); os homens que ficam debaixo dos pesadíssimos (imagino) carros, carregando-os – como um sacrifício “necessário” – tem os caras encapuzados levando velas gigantes, em que as crianças recolhem a cera que cai delas numa bola endurecida, que vai crescendo a cada ano (fruto do mesmo ritual na semana santa) e tem as mulheres vestidas de viúvas espanholas, com aquele pente na cabeça, com um véu preto, assim como toda a roupa (e levando velas também). E as pessoas em geral aplaudem, vibram.
A Procissão do Silêncio foi a última que eu vi. Era estranha e sinistra, bem interessante. A cidade apaga todas as luzes dos postes por onde ela passa. Nela vão, obviamente, todos em silêncio, ao som de um único tambor que ressoa forte, como que para marcar o ritmo dos passos, mas também parece algum ritual da Idade Média onde alguém ia ser sacrificado... Hehehe! As pessoas vão todas encapuzadas, de preto dos pés à cabeça, levando velas gigantes, depois outros levando Jesus crucificado, outros levando a santa e, logo atrás, outros encapuzados carregando cruzes e com os pés acorrentados. Assim, escutamos só o tambor e o som das correntes se arrastando pelo asfalto... (E tudo isso no breu e no frio que fazia).
Apesar de ter visto essas procissões, toda essa religiosidade, a semana não foi exatamente santa para mim... Farrei demais com a Donatella (companheira de apê e festas). Saímos praticamente todos os dias, conhecemos uns madrileños numa das noitadas, que nos pagaram bebidas o tempo todo (um deles muito gato, Fernando...). Dançamos, bebemos, saímos de “tapas”, chegamos em casa com a luz do dia, acordamos algumas vezes às 4h da tarde... E etc.
Procissão dos Ciganos (La Alhambra ao fundo)
Casa La Sevillana
Almoço de Páscoa com a italianada
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Cap. IV: "Pelas ulicas (ruas) de Zagreb... E Budapeste!"
Só não sabíamos o que nos estava esperando! Passamos por todos os procedimentos normais, fomos pro nosso portão de embarque, até que... “– Problem brazilien!”... Foi tudo o que conseguimos entender do policial que falava ao telefone (em alemão), depois de ver os nossos passaportes. Depois de muito blá blá blá, chegou outro policial que nos tirou da fila pra fazer umas perguntinhas. O “pro” era: no meu passaporte o visto valia até dezembro, sendo que eu tenho uma carteirinha (tipo DNI) que diz que eu tenho permissão pra ficar até agosto de 2008, porém (tinha que vir um “porém”) eu tinha esquecido a danada no bolso de um casaco, que tava na mala despachada! E não sei por que cargas d’água implicaram com o visto de Monique, que valia até 14 de março (e estávamos em 21 de fevereiro!).
Bom, depois de repetir várias vezes a mesma coisa, de nos deixarem um bom tempo numa sala esperando sabe-se-lá-o-que, e de ver a hora do vôo sair cada vez mais próxima, o policial gente fina (sem ironias) resolveu dar uma “permissão” pra Monique sair da UE e depois voltar, e disse que ia “acreditar em mim”. Fomos as últimas, praticamente, a entrar no avião, mas enfim conseguimos! o/
Chegando lá, o Igor foi nos buscar no aeroporto, e nesse dia estávamos mortas. Monique surtou e não parou de falar um segundo, o dia todo, depois do susto de quase ser deportada! Hehehe!
Depois de dois dias sem fazer muita coisa, alugamos um carro pra ir passear. Fomos conhecer alguns pontos da cidade, essas coisas... Fomos também a uma cidade vizinha, Samobor, só pra comer um doce (muito bom, por sinal). No outro dia seguimos pra Budapeste, já de noite, e “dormimos” no carro mesmo.
A cidade é linda, a língua é muito estranha, a moeda é confusa (eles usam o florint, e pra se ter uma idéia eu saquei uns 10 mil florints... Só que isso não queria dizer que eu tava nadando em dinheiro...), rodamos mais do que paramos nos lugares, já que Igor e Mario viviam se perdendo, (mesmo já tendo ido lá várias vezes), e eles ainda nos levaram pra comer num chinês horrível, só porque eles serviam um prato de pedreiro, auehuehuae! Enfim, foi só uma visitinha, mas valeu muito à pena. Ah! Tomamos banho nas termas também... Tão bom, bem quentinho...
Voltando a Zagreb, fizemos um tour com Igor, que era nosso “guia”, inventando histórias sobre os imperadores húngaros e etc... Conhecemos também a birita local (que eu não sei como se escreve mais se pronuncia “rrrákia”).
Mas as maiores diversões da viagem foram: brincar de gato-mia com 3 pessoas (Igor se superando se escondendo dentro da banheira e Mario roubando, miando do meu lado...), patinar no gelo, tomar uma sapupara “herdada” de Netuh e surtar no parquinho do condomínio, comer Nutella todo dia, aprender um mói de besteiras em croata, andar sozinha com Monique pela cidade, (sem falar a língua e sem os croatas falarem inglês), andar de tramway sem pagar... auehuaeuaehaue!
Pena que eu perdi: o terremoto, a neve e o sorvete de Raffaello! Mas tá valendo...
Música: “Ê ê ele não é de nada oiá, essa cara amarrada (lavada, na versão de Igor)
É só um jeito de viver na piooor...” (Cara Valente – Maria Rita)
Ou: “É, você é uma negão de tirar o chapéu, não posso dar mole senão você créu...”
Hehehehehe!
sexta-feira, 28 de março de 2008
Cap.III: "Berlim (Asaftasardem?!)"
Ao chegar na estação deserta e nas ruas escuras de Berlim, tivemos a sensação de estar numa cidade altamente “underground”, deprê mesmo. Depois de imaginarmos mil e umas histórias envolvendo o espírito de Hittler, e muitas risadas pelo caminho, encontramos o albergue (um lugar massa e com um baita café da manhã “all-you-can-eat” e até macarrão de graça!). Comemos, conhecemos um mexicano-matraca que contou quase toda a vida dele e fomos dormir.
Com o tour, passamos pelo Parlamento, Memorial do Holocausto, pelo Bunker de Hittler (que não existe mais, é só uma placa), pela praça da tolerância – onde tem uma igreja luterana, anglicana e um teatro – biblioteca, a universidade dos fodões (Marx, Einstein...), Ilha dos museus, Berliner Dom (a catedral, luterana). Só não fomos a um pedaço do Muro de Berlim porque tinha uma manifestação no meio do caminho! Terminado o tour, e com a chuva e o frio congelando nossos cérebros, entramos num café, em um dos museus, pra nos aquecer um pouco e descansar das horas de caminhada.
Na manhã seguinte, depois de se fartar no café da manhã do albergue, a gente foi para o Zoologischer Garten, com a intenção de pegar outro Free Walk Tour, dessa vez pela “Berlim Oeste”. Mas, ou chegamos atrasadas, ou não teve, ou era em outro lugar porque não encontramos nenhum grupo. Assim, fomos andar sozinhas mesmo pela região. Na estação de metrô de mesmo nome, era um dos lugares onde Cristiane F. se drogava, claro que tiramos fotos, hehehe!
Vimos o zoológico (só por fora), fomos à Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, uma igreja linda que foi bombardeada na Segunda Guerra (como tudo em Berlim) e só sobrou uma torre dela, sendo as outras construídas de forma bem quadrada, pra não competir com a arquitetura dela (também como todas as novas construções da cidade). Depois fomos rodar no Europa Center, um shoppingzinho que tem um relógio d’água.
Como não tínhamos ido ao famoso muro ainda, esse foi o nosso passeio seguinte. Fomos a uma parte onde tem a Topografia do Terror, tipo um museu embaixo de um pedaço do muro, na Wilhelm-Strasse, onde ficava a Gestapo, com fotos e cópias de documentos e cartas da época do nazismo. Saindo de lá, tive a “brilhante” idéia de seguir as marcas do Muro de Berlim (que é marcada por uma linha pontilhada, de paralelepípedos, por toda a cidade).
Claro que a gente não ia conseguir atravessar a cidade! Mas foi assim que chegamos ao Checkpoint Charlie, lugar de entrada para o Setor Americano, o lado oeste, onde só entrava quem era permitido. Esse lugar deu pano pra manga pras várias viagens da gente sobre: “e se João Pessoa fosse dividida por um muro também?”. E ficamos imaginando horas quem seria do lado pobre e do lado rico, por onde o “Muro de Jampa” passaria, e etc... auheuaehuaeh! Isso tudo enquanto comíamos um hamburger.
Como última parada antes de irmos buscar nossas coisas no albergue, fomos a East Side Gallery, outro pedaço do muro (esse bem grandinho!), que é cheio de pinturas, grafites, pichações, rabiscos... Depois de deixarmos vários escritos, fomos buscar nossas coisas pra nossa looonga noite no aeroporto de Berlim.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Cap. II: "Finalmente, Roma!"
Coliseu (precisa nem dizer, né?)
*mais fotos, no lugar de sempre: picasaweb.google.com/naiaragato
quarta-feira, 19 de março de 2008
Viagens de Fevereiro - Cap.I: "Perdi o vôo!"
Afogando a raiva de perder um vôo...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Natal em Valencia
Ah, Feliz 2008!
A ceia foi: um risoto de camarão, filé de merluza empanada, castanha de caju (que minha mama trouxe) e azeitonas recheadas com queijo. De sobremesa, meu bolo de sorvete de aniversário. Ah, e champanhe!
Depois da comilança, dos parabéns, dos vários vídeos (inclusive um da minha mãe já “alegre”! auehuaehaueh), saímos pra noite de Valencia. Fomos num bar que tava lotado, onde todos usavam gorros de papai Noel e a música era bem dançante... Mas o lugar estava entupido de mesas e cadeiras e nem dava pra dançar, nem pra conversar. =P
Tomamos uma cerva lá e fomos procurar outro lugar. Entramos e saímos de bares e pubs, e nada de interessante... Muitas “catrevas” em um, morgação em outros... Ainda entramos num lugar que tinha uma mesinha com bombons e uns doces, chocolates e uns bolinhos em pedaços. Roubamos uns doces e saimos morrendo de rir pensando que “esmola demais o santo desconfia” e que provavelmente tinha alguma coisa naquele bolo, um “boa noite Cinderela”, ou “buenas noches Cenicenta”, ou maconha...
No dia 25, o almoço de natal – que aqui na Espanha é mais importante que a ceia – foi, realmente, mais caprichado. As meninas junto com a minha mãe fizeram um banquete (eu, só comi...) heheheh! À noite fomos passear no centro da cidade, que tava lindo, todo decorado.
No dia seguinte de manhã, fomos à praia, mas sem Milton (que tava terminando um trabalho de última hora, pra entregar). Lá fomos nós todos empacotados pra praia... Mas a alegria de rever o mar depois de 3 meses compensou (apesar de as praias de Jampa serem muuuuito mais bonitas!). Passeamos por lá, e na volta pegamos um busão pra ir num jardim que o Milton indicou... Só que já tava escuro e chegando lá não achamos muita graça no jardim, então voltamos pra ir num parque que a gente viu na volta da praia: cismamos em ir num trem fantasma, pra ver se os daqui prestavam ou eram pebas como os do Brasil! Resultado: era pior! Uma merda! E não fomos em mais brinquedos porque era caro e tinha que pagar em cada um. Ainda fizemos um vídeo dentro do trem! Auehuaehuaehau!
Nos outros dias fomos ao Museu das Artes e das Ciências, um conjunto de prédios ultra-modernos e belíssimos (e caros também! 50 euros pra entrar! =P). Passeamos por lá, mas não entramos. No meu último dia lá, Milton nos levou pra andar no cauce do Rio Turia, o “rio” que corta a cidade, mas que foi aterrado por causar muitas enchentes, então virou uma espécie de parque gigante, atravessando Valencia (achei triste essa história, de “matar” o rio =P). Andamos o dia todo... Ficamos moooortos! Íamos pra balada de noite, já que era sábado, mas desistimos de cansaço.